[Resenha] Memórias Fictícias

 

Autora: Carina Corá

Quatro diários. Três seres. Uma busca em comum: chegar à superfície da realidade. Uma torre, um lago de cristal, olhos de universo presentes em tempos diversos, em vidas cruzadas e em memórias fictícias. Um mundo imaginário perdido no limbo de uma casa que abrigara relações misteriosas de uma família. Até que ponto suas memórias são verdadeiras? Através dos relatos de Coralina de Lilá, Bianca Giacomina e Érus atravessamos o fino limiar entre realidade e ficção.

Ok, estou há meia hora tentando fazer a resenha de Memórias Fictícias e nada que me venha na mente parece que fará jus ao livro. Confesso que quando li a sinopse, esperava uma história leve, um romance bobinho talvez, mas conforme fui lendo a surpresa foi grande. Um livro totalmente diferente de tudo que - pelo menos eu - já li. A autora criou um mundo surpreendente e mágico. Havia momentos que até tinha medo do rumo que as coisas estavam tomando, uma mistura de fantasia com insanidade, e que mexeu com meu psicológico, rs.

Coralina (Adorei o nome <3) de Lilá muda-se com sua mãe para a casa da Irmã Bianca, uma mulher velha e que necessita de cuidados. Nessa casa há uma torre misteriosa que a Irmã proíbe Coralina de ir. É claro que isso apenas a deixa mais curiosa... Ainda mais quando começa a sonhar com a torre e como ela é interiormente. A história se desenvolve a partir daí, do que ela encontra lá dentro. Sua vida muda drasticamente e então começa seu sofrimento e de quem ela ama.

Adorei a narrativa, temos a perspectiva de três personagens diferentes sobre a história: Coralina, Irmã Bianca e Érus. Os capítulos são curtos e isso foi o que deixou a leitura rápida. E minha vontade é contar muito mais sobre o que vivenciei com Memórias Fictícias, mas é melhor deixar vocês na curiosidade.

Sobre os personagens, achei Coralina bem irritante e egoísta às vezes, pois se prendia em outro mundo sem nem pensar nas pessoas "de fora". Sinceramente, não sei como a mãe dela a aguentava. HAHA. Agora, Bianca me surpreendeu bastante, ainda não tinha opinião sobre ela até que li a parte de seu diário e descobri seus sentimentos e amarguras... Mas Érus merece destaque especial, a autora conseguiu criar um personagem charmoso e cativante mesmo com sua aparência "bizarra".

Enfim, uma história surpreendente, e nem parecia que eram só 207 páginas. Agradeço a autora (gaúcha também <3 haha) por me dar a oportunidade de conhecer esse livro maravilhoso.

Eu queria ser a tempestade ou um dia de sol. A tempestade elimina toda a sua raiva em poucos instantes, sofre ao extremo, mas depois dá lugar a uma felicidade pura, o sol. Eu era o chuvisco nesse momento - sem graça, sem sentimento, reprimido, vazio, duradouro.

Vou sortear um marcador entre quem comentar, sábado sai o resultado. :)

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