[Resenha] Fragmentada

Autora: Teri Terry

Kyla não deveria se lembrar de nada quando foi reiniciada. Mas segredos do seu passado atormentam sua mente. Presa em uma luta contra a opressão dos lordeiros, e ansiando por liberdade, Kyla vê seu passado e presente colidir de uma forma que ameaça sua vida. Enquanto sua busca desesperada por Ben continua, em quem ela poderá confiar em um mundo repleto de segredos e mentiras?

1. Reiniciados

Estava louca para a continuação de Reiniciados, fiquei em êxtase com os últimos acontecimentos do livro e não via a hora de ler Fragmentada. Ainda bem que a editora trouxe rapidinho ele para nós. <3 Neste segundo livro conhecemos melhor nossa personagem principal, Kyla, e nos aprofundamos em suas diversas "personalidades". Afinal, quem é ela?

Após ver Ben ser levado pelos Lordeiros, Kyla não sabe se ele está vivo ou não. Essa dúvida a consome, além do retorno de uma pessoa do seu passado que faz sua mente gritar: perigo! Seu professor de biologia é alguém que ela já teve contato antes, e a observa diariamente, mas Kyla só lembra quem ele é quando tem um ataque violento, algo que não deveria ocorrer com alguém com um Nivo, e fragmentos de sua vida antes de ser reiniciada vêm à tona.

Agora não sou mais apenas a Kyla, o nome dado a mim no hospital quando fui Reiniciada, há menos de um ano. Sou algo - alguém - mais. E não sei se gosto disso.

A vida de Kyla está muito mais complicada agora - até mesmo seu pai aparenta estar agindo de modo estranho com ela - , e ela ainda precisa lidar com as lembranças que surgem com o tempo, a principal delas de quem era quando estava com o grupo terrorista: Chuva, uma garota disposta a qualquer coisa, com garra e quebrada emocionalmente. Há uma divergência de personalidades, já que ela não sabe quem deve ser.

Fragmentada é tão bom quanto Reiniciados, me surpreendi mais uma vez com a narrativa da Teri que consegue fazer o leitor mergulhar na leitura e ter um misto de emoções com a trama desenvolvida. Várias perguntas do primeiro livro são respondidas nesse, assim como várias outras surgem... Muita maldade, eu pelo menos já estou louca para a continuação.

No fim, nem tudo é perfeito, e o que parecia ser uma ótima opção para as pessoas terem uma segunda chance acaba virando um controle extremo da parte dos Lordeiros na sociedade. A premissa é original e viciante, imaginem fazer isso com pessoas que cometem crimes na vida real? Tirar as memórias e criar uma nova vida para elas? Acho que não daria muito certo assim como no livro, afinal, não deixa de ser algo invasivo e que vai contra a questão do livre arbítrio, certo? Uma distopia maravilhosa, recomendo sem medo, ainda mais se você ficou ansioso como eu para saber o destino de Ben, rs.

Tento me lembrar de como é ser apenas a Kyla, antes de as memórias terem voltado, mas está sendo difícil.